Segundo a lenda, quando um banco precisa de dinheiro para fechar seu caixa e não quer ou não pode recorrer a outros bancos, ele apelaria para um método que já faz muito sucesso em Brasília. Como é o administrador do dinheiro dos seus clientes, o banco consegue inventar todo tipo de débito em suas contas. A história que rola é a seguinte: grandes bancos de varejo, que têm muitas contas-corrente, supostamente debitariam entre 1 e 5 centavos de seus clientes na forma de mil tipos de encargos. Muitos reclamam e muitos não. Mesmo com os estornos, na soma, dá uma montanha de dinheiro e algum diretor do banco pode ir pegar puta sossegado.
Se tudo isso é verdade ou não, eu não sei. Já ouvi que sim e que não.
Só que ao abrir meu extrato deste mês, um lançamento me chamou a atenção. Quando você faz uma transferência de um banco para outro, tendo o mesmo titular como correntista, a brincadeira é isenta da CPMF. Beleza. Ao mandar um DOC para uma conta minha em outro banco, percebi a cobrança de 1 centavo de CPMF pela operação. Compartilho meu parco sigilo bancário, limitadamente:
É desnecessário dizer que me senti avistando o Monstro do Lago Ness. Será que a tunga realmente existiria?
Felizmente 1 centavo não faz falta, mas liguei pra minha gerente e questionei sobre o lançamento, mostrando até que pra gerar uma CPMF de 1 centavo, a transferência deveria ter sido de R$ 2,63. Evidentemente foi um engano (em banco não dá pra culpar o ‘sistema’) e o lançamento foi cancelado.
Caso ela realmente exista, aí é que a CPMF não morre nunca mais.