29.11.07

Folclore Financeiro - A Tunga

O mercado financeiro brasileiro é bem peculiar. Em termos de tecnologia, as instituições financeiras daqui deixam muito banco americano e europeu no chinelo – e são mais rentáveis também. Por outro lado, o mercado brasileiro tem suas bizarrices. Inaugurando a coluna, um tema que muitos no mercado dizem que já ouviram falar mas pouquíssimos dizem ter visto. Um legítimo chupa-cabras bancário. Estou falando da famosa ‘tunga’.

Segundo a lenda, quando um banco precisa de dinheiro para fechar seu caixa e não quer ou não pode recorrer a outros bancos, ele apelaria para um método que já faz muito sucesso em Brasília. Como é o administrador do dinheiro dos seus clientes, o banco consegue inventar todo tipo de débito em suas contas. A história que rola é a seguinte: grandes bancos de varejo, que têm muitas contas-corrente, supostamente debitariam entre 1 e 5 centavos de seus clientes na forma de mil tipos de encargos. Muitos reclamam e muitos não. Mesmo com os estornos, na soma, dá uma montanha de dinheiro e algum diretor do banco pode ir pegar puta sossegado.

Se tudo isso é verdade ou não, eu não sei. Já ouvi que sim e que não.

Só que ao abrir meu extrato deste mês, um lançamento me chamou a atenção. Quando você faz uma transferência de um banco para outro, tendo o mesmo titular como correntista, a brincadeira é isenta da CPMF. Beleza. Ao mandar um DOC para uma conta minha em outro banco, percebi a cobrança de 1 centavo de CPMF pela operação. Compartilho meu parco sigilo bancário, limitadamente:

É desnecessário dizer que me senti avistando o Monstro do Lago Ness. Será que a tunga realmente existiria?

Felizmente 1 centavo não faz falta, mas liguei pra minha gerente e questionei sobre o lançamento, mostrando até que pra gerar uma CPMF de 1 centavo, a transferência deveria ter sido de R$ 2,63. Evidentemente foi um engano (em banco não dá pra culpar o ‘sistema’) e o lançamento foi cancelado.

Caso ela realmente exista, aí é que a CPMF não morre nunca mais.

Ironia


A mãe natureza pode ser bem filha da puta às vezes...

24.11.07

Fechando a porta

Perdido em uma loja de materiais para construção, me deparei com um produto cuja marca levava um nome bem interessante:


É válido olhar o significado do nome em outras línguas, ao abrir e operar uma empresa. Porque Fuck é foda, literalmente.

Terrorismo brasileiro

Outro dia fiz a cagada de ler uma coluna do ex-presidente e coroné José Sarney na Folha. Ele fazia uma quase-declaração de amor ao livro de um jornalista da Globo, a respeito do Islã. Já tinha ouvido que rolava putaria barata nas obras literárias do Sarney, que também é membro da Academia Brasileira de Letras, mas fiquei admirado com a cordialidade de um parágrafo em especial, que transcrevo aqui:

“Fiquei impressionado quando li sobre a lei islâmica, conhecida como Sharia, que se baseia em normas fixas, quase regimentais, e chega a detalhes incríveis, curiosidades para nós, até mesmo regras sobre depilação, remoção de sobrancelhas, coito interrompido, não abandonar a mulher nos dias de menstruação, abate de animais cortando a cabeça e tantas e tantas normas, que as sucessivas gerações não flexibilizaram.”

No mínimo uma camuflagem. Mas vamos a alguns outros “detalhes incríveis” e “curiosidades” sobre a Sharia que foram omitidas por Zé:

- As mulheres são consideradas inferiores, cobertas dos pés às cabeças e algumas têm seus clitóris arrancados para não sentirem prazer - apenas produzirem bem quietinhas mais soldadinhos da jihad, a tal guerra santa. Além do marido ter o direito de bater na esposa, ele pode até escolher qual levará porrada – desde que consiga sustentar, é permitido ao homem ter até 4 mulheres. O número de camelas, eu imagino, é ilimitado.

- Quem criticar Maomé ou a própria Sharia deve ser morto, segundo as leis. Cortar a cabeça e colocar o vídeo na internet é opcional. Coisa do Islã moderno, contemporâneo. Decretos religiosos ordenando a execução de quem fala mal são rotina.

- Imperialismo, martírio, violação de direitos humanos, assassinatos de “honra” e pura e simples violência. São outras características da lei e dos ensinamentos desta que é chamada por aí de “A Religião da Paz”.

Melhor ele freqüentar mais a biblioteca da Academia. Uma coisa é certa: o país que tem políticos como os do Brasil não precisa de terroristas, absolutamente.

São o nosso desastre natural.