Mico-crédito

“Pobre é bom pagador.”

Já ouviu essa?

“A única coisa que ele tem é o nome.”

Trabalhei com microcrédito por 3 anos. Basicamente, dá-se crédito relativamente barato a empreendedores de baixa renda sem a burocracia dos Bradescos e Itaús da vida. Idéia boa e simples. Deu certo no mundo inteiro, menos aqui.

O ABN Amro, banco holandês gigante e por enquanto dono do Real no Brasil, tentou a sorte no mercado e teve sacudida sua Superintendência de microcrédito ano passado. Motivo? Os clientes simplesmente não pagavam seus empréstimos.

Outros concorrentes sempre reclamaram do alto número de calotes. Os clientes tomadores e seus avalistas (garantidores da operação) pareciam pouco se lixar para a negativação dos seus nomes quando não honravam suas parcelas. Paciência, o Banco Casas Bahia fica na espera. Quanto à Justiça, também cagavam e andavam. Sabiam que qualquer advogado saído de alguma Unibosta inviabilizaria a execução da dívida, com a ajuda do nosso justo sistema judiciário.

O folclore microcreditiano também é extenso. Ouvi histórias no mínimo curiosas. Como a do cara do Banco do Povo que concedeu crédito a um mendigo apenas para bater sua meta de vendas – não há exigência de comprovação de renda. Ou a do dono da empresa de microcrédito que seqüestrou um cliente e o prendeu no porta-malas de um carro por um dia para forçá-lo a pagar uma dívida.

Trabalhar com dinheiro no Brasil é mesmo complicado. Não é a toa que temos a maior taxa de juros do mundo. De qualquer forma, outro dia estava dando uma olhada nas pendências que tinham restado. E achei um caso que, embora não muito incomum, já havia se tornado um clássico: na análise de risco, quando víamos em algum título uma mensagem religiosa, o sinal amarelo acendia. O índice de picaretagem aumentava em torno de 5,71%, como neste exemplo mais recente:

Ah, motivo 12 é cheque sem fundos. Não, nunca tivemos a Igreja Universal e o casal Hernandes como clientes...

Assistência técnica

Não tenho inimigos, graças a D-us, mas mesmo se tivesse não desejaria uma hérnia de disco a eles. Ok, talvez ao Luiz Inácio, mas aí é outra história.

Aleluia!

“Nós vamos para a cadeia!?” exclamou Sônia Hernandes, proprietária e diretora-executiva da Igreja Renascer, ao ser condenada a 140 dias de xadrez juntamente com o maridão, Estevam, por contrabando de dinheiro nos Estados Unidos.

Será que ela surtou e pensou que ainda estava no Brasil? Que era só dar uma cervejinha pro filha da puta do agente e ir pra casa?

Te cuida, Edir, que Satanás tá na espreita...

Churrasco do torto na granja

Se o artista começar a distribuir cerveja também, pode apostar num terceiro mandato. Paraguai aí vou eu.

Charge do Angeli, colhida no Resistindo.

Bítous

O cara ainda dá no couro. Paul McCartney tocando Helter Skelter, pra mim uma das melhores músicas de uma das melhores bandas de todos os tempos.

O rei da tattoo nerd

O processador não deve estar funcionando direito, só pode ser isso.

Viva el Capital!

Se o guerrilheiro Ernesto Che Guevara estivesse vivo, seria hoje um dos homens mais ricos das Américas. Camiseta vermelha com o rostinho do homem é coisa do passado. Hoje tem todo tipo de porcaria. Imagina a grana em royalties:

A cara do argentino tá por toda parte, pode reparar. E gerando, ironicamente, lucros bem capitalistas.

Cafetão dos ares

Dono do Bahamas tem até 2ª para pedir demolição de hotel - Estado (31/7)

Construção do Oscar's Hotel é liberada pela Justiça de SP - Estado (7/8)

Caramba, 7 dias entre as notícias. O que será que aconteceu? Eu voto em putas, ameaças e dinheiro. Não necessariamente nessa ordem.

Ui!

Ai, amiga, ficou bom?

Esta é, sem dúvida, uma das imagens mais perturbadoras que já vi.

Amigón

E nossas otoridades pegaram os tais 'desertores' cubanos e os deportaram. Fidel Castro, dono da ilha e a mansidão em pessoa, diz que eles terão tratamento justo e que ficarão sob tutela do governo em uma 'casa de visita'. Sei.

Não se preocupem, viu?

Aceitam um chá?

Livre como uma onça

A rede de hotéis Hilton foi vendida no começo do mês passado para o fundo Blackstone por 26 bilhões de dólares. Mas dinheiro não quer dizer nada. A prova é Paris Hilton:

Tem coisas que não se compra.

Aposto que se o cachorro tivesse consciência de si mesmo e entendesse sua imagem num espelho, pularia da maior altura possível.

Abertura fatal

Estrategicamente posicionadas, as mãos do japa repousam para evitar maiores constrangimentos.

Tapete vermelho ao inferno

Como nas épocas da inflação e do apagão elétrico, hoje todos os brasileiros alfabetizados são quase especialistas em aviônica e em gestão aeroportuária. Nossa enciclopédia de fracassos cresceu um pouco mais nos últimos meses.

A atual liderança, como sempre, finge não ser com ela o abacaxi. Outras 200 pessoas tiveram que morrer para o Luiz Inácio tomar alguma atitude. E, como de costume, disse que não sabia da gravidade dos problemas no sistema aéreo. Óbvio. Se não envolve o Corinthians, companheiros, amigos de companheiros e cachaça, acredito mesmo que o presidente não sabia de nada.

Mas não acho que o governo seja o único responsável pelo acidente de julho. No começo do ano passado, recebi um email contendo esta apresentação de Power Point:

Clique aqui para baixar o arquivo

De qualquer maneira, tive de voltar de TAM da Europa no começo da semana. Tinha jurado que não andava mais em seus aviões, mas desta vez não tive escolha. Vim com o cu na mão num velho MD-11 que deve ter pertencido à Varig e que fazia barulho de peças soltas quando estava em movimento. A tensão só acabou com o avião no solo desgastado da bela Guarulhos. Definitivamente foi a última vez que viajei de TAM. Dá pra confiar numa companhia em que até o dono morreu num acidente aéreo? Prefiro aquelas cujos aviões têm freios.

Relaxemos e gozemos.